O Sol rubro se põe no horizonte,
A bahia ainda é refletida pela insolação,
Passaros brancos e rechonchudos manobram no ar,
As ondas e as espumas formam um dueto,
A brisa do mar abraça a mim e a minha companheira,
Somos todos cabelos desgrenhados e toalhas revoltas.
A minha companheira lê uma notícia da revista de novelas,
Solicita, estende a sua mão morena e delicada a mim,
Sou recíproco, somos todos reciprocidade e afeto,
Um caranguejo amarelo se aproxima de mim,
Ele tem braços disformes, um másculo e um raquítico,
Cilíndricos são os seus olhos a me fitar,
Pareciam querer dizer algo a esse poeta,
Com a sua boca esquisita e espumante.
A Natureza pretendia nos cobrar algum dízimo,
Pela beleza que contemplavamos naquela praia,
A minha amada paga-a com um sorriso branco,
Então, o caranguejo contempla-a com os seus olhos-antenas,
Baixa os seus braços, dá as costas e vai embora.
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