Enchantments - Prose and Poetry

sábado, 27 de dezembro de 2014

Reveillon Junto a Ti



Quando as luzes dos fogos resplandecerem no céu,
No momento em que as pessoas estiverem de branco,
No instante em que os expectadores se encontrarem na praia,
A fim de contemplarem a beleza da festa da virada de ano,
Eu estarei junto a ti, de mãos dadas, contemplando-te,
Mais a ti do que aos fogos, pois pra mim a luz está em ti.

Pouco a Pouco...



A água fura uma pedra e derrete um iceberg,
Uma tropa de formigas come um bolo todo,
Pouco a pouco o Sol se põe no horizonte,
E uma idosa sobe uma grande escadaria,
E um conjunto de páginas vira um livro,
Pouco a pouco tudo pode ser realizado,
Até mesmo a materialização de um sonho.


domingo, 21 de dezembro de 2014

A Pertinência entre a Aristocracia e a Meritocracia




A aristocracia comandou toda a população ocidental por dezenas de séculos. É dela que surgiram os reis, os príncipes, os duques, os condes, os marqueses, dentre outros personagens significativos da nobreza. Imbuídos das suas terras, tesouros e sangue azul (ascendência aristocrática) eles impunham os seus objetivos aos escravos, aos camponeses e aos homens livres. Na maioria das vezes, era composta por pessoas evidentemente vaidosas e egocêntricas. E deixavam esse comportamento transparecer nas suas roupas elegantes e caras, nas suas pomposas carruagens, na arquitetura ornamentada dos seus palácios, palacetes e castelos. Elas eram utilizadas como símbolos hierárquicos de poder, que cumpriam o papel de as diferenciar das classes mais baixas da sociedade.
Com o advento da burguesia mercantilista, da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, a aristocracia começou a entrar em declínio, acentuando a sua derrocada e quase extinção no início do século XX. Foi nesse momento que começou a se fortalecer a meritocracia, que é valorização do homem utilizando como parâmetro a sua formação acadêmica, os seus títulos de ensino superior, universitário. O que aconteceu foi uma lenta substituição da cultura do título de nobreza, secular e fundiário, pela cultura do título acadêmico, universitário e profissional.
Na verdade, foi uma mudança do símbolo, mas não do valor socioeconômico que ele pode fornecer ao seu detentor. O título, como um importante elemento de barganha social e de status quo, apenas se modifica para atender as novas demandas técnicas, científicas e econômicas que surgiram com o conturbado e próspero século XX. Então, dito isto, pode-se seguramente afirmar que a aristocracia de ontem é a meritocracia de hoje. Não se modificaram os personagens, as classes sociais, os valores sociais e o comportamento das pessoas envolvidas, o que se metamorfoseou fora tão somente a nomenclatura e o objetivo final do referido título. E, no final das contas, é evidente que o poder socioeconômico sempre emanou do papel, do título legal, seja ele aristocrático ou universitário, e que fornece autoridade e credibilidade ao seu portador.

Afrontamento



A vida é um constante afrontamento,
Da juventude à velhice,
Não existe nada que evite esse episódio,
Somos seres afrontados,
Pelos homens, pelas situações; por tudo.

Quebra os teus Grilhões



Não te escravizes ao que não te agrada,
Nem tampouco te oprimes com o desnecessário,
Quebra as correntes que te afligem, parte-as,
Destrói a opressão que te impuseram; és livre,
Suprime o compromisso que te foi imposto,
Pelos teus pais, pelos teus amigos, pela sociedade,
Não precisas te prender ao que não te agrada,
Não és pior do que ninguém, és sim especial,
Levanta-te, ergue o teu semblante; o mundo é belo!
Por conseguinte, sejas dono de si mesmo,
E sinta o honroso prazer da liberdade.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Em Defesa de uma Cultura de Paz


Ao longo de dezenas de séculos, o ser humano evoluiu tendo como fio condutor a violência, a agressividade. Desde os tempos que habitava as cavernas, sempre utilizou da força bruta para realizar os objetivos do seu cotidiano como, por exemplo, capturar e matar uma presa que serviria como alimento, defender a sua família e a sua tribo da invasão de outro grupo na área que habitava, dentre outras atividades. Possivelmente, espelhando-se nos animais irracionais, os homens agiam com a força bruta orgulhosamente a fim de mostrarem a sua autoridade perante os outros. Faziam isso instintivamente, assim como um leão faz para demarcar o seu território.
Contudo, com o passar do tempo, essa necessidade perdeu a sua função primária de sobrevivência e recebeu a influência dos sentimentos negativos como a ambição, o orgulho, a inveja, a mentira e etc. Eclodiram-se centenas de guerras por causa do desejo de alguns que não se satisfaziam com o que tinham. Quantas e quantas pessoas morreram pela espada e pelo revolver. Quantas mães e esposas choraram por causa da violência cometida contra os seus entes queridos. O planeta Terra já foi banhado milhares de vezes com o sangue dos seres humanos, mortos em combate por motivos pífios e egoístas. Essencialmente, a violência é gerada pela impulsividade, pelo ato insensato de a cometer sem pensar nas tristes consequências. Agredir o outro por motivos insignificantes, inferiores, ou pelo simples prazer de o fazer: eis algo corrente nos dias de hoje.
É preciso seguirmos uma cultura de paz. É necessário acabarmos com a violência de todos os gêneros e em todas as esferas, a fim de que possamos evoluir espiritualmente. O ser humano deve procurar o caminho da paz e do entendimento, pois a violência gera violência, tal como disse o Nosso Senhor Jesus Cristo. A postura mansa, pacata, pacifista é a postura ideal para esse novo milênio. Chegou a hora do ser humano procurar evoluir interiormente e dar uma menor atenção a evolução material, pois para essa última o barco do progresso já segue o seu curso natural. É preciso olharmos para dentro de nós mesmos e enxergarmos o nosso interior e de lá subtrairmos o sentimento negativo da violência. E, assim, considerarmos o nosso semelhante como um ser que precisa ser respeitado fisicamente e moralmente, e independente do que ele nos fez. Precisamos cortar definitivamente essa âncora que não nos deixa evoluir, progredir espiritualmente. Pois nenhuma violência se justifica e, portanto, ela precisa ser deixada no nosso passado histórico.

Depois da Tempestade



Após a desolação tomar conta da alma,
Não sobrando nada em pé, a não ser a dignidade,
Após a agressividade das palavras serem sopradas,
Ao pé do olvido, ao pé da consciência, ao pé da honra,
Vem, por conseguinte, o sossego, o santo silêncio,
E da desconstrução vem a construção,
E dos escombros vem as novas edificações,
E da tempestade vem a bonança.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Seres Sugestionados




Criaturas induzidas a seguirem o caminho que não é o seu,
Indivíduos anulados pela opinião do seu semelhante,
Ausentes de voz, ausentes de sonhos, ausentes de pernas,
Excluídas de toda liberdade e de todo o livre arbítrio,
Assim é a grande massa dos seres sugestionados.

Evadir-se



Todo mundo precisa evadir-se,
Em algum momento, em algum lugar,
Todo mundo precisa esconder-se,
De si mesmo e de suas obrigações,
A fim de que depois de foragido,
Possa encontrar a si mesmo,
Dentro da rica floresta
Que se chama consciência.    

Solicitude



Quando os teus amigos te ajudam com algo,
Agradece-os e agradece-te,
Quando os teus pais te dão uma assistência,
Agradece-os e agradece-te,
Quando a tua esposa te auxilia com amor,
Agradece-a e agradece-te,
E quando Deus te oferece uma Graça Divina,
Agradece-o e agradece-o,
Duas, três, quatro; incontáveis vezes.