Enchantments - Prose and Poetry

sábado, 30 de junho de 2012

Bartebly, o Escriturário - Resenha Literária




Após ler cuidadosamente esse livro de ficção, constatei que os sujeitos esquisitões sempre existiram na história do mundo ocidental. A trama gira em torno da relação doentia de um bem sucedido advogado, dono de um escritório, e de um dos seus subordinados, o estranho escriturário Bartebly. Numa sociedade repleta de regras como a do século XIX, surge um homem que vai contra todas elas com os seus "nãos" ou os "prefiro não fazer", do nosso protagonista (ou antagonista, se preferirem).
 
 
O célebre autor Herman Melville (*1.819, +1.891) se aproxima dos gigantes da literatura psicológica e social do seu tempo, como, por exemplo, Dostoiévsk, Tolstoi, Charles Dickens e Gogol. Aliás, o escritor norte americano parece ter recebido uma boa influência deste último autor citado, o russo Gogol. Nota-se na referida obra, claramente, a semelhança literária com as famosas novelas "O Capote" e "O Nariz". A intensa distinção de classes, os preconceitos sociais e morais, a humilhação, os conflitos pisicológicos, são temáticas correntes nesse tipo de literatura, o qual "Bartebly, o Escriturário" se enquadra com sucesso. É, sem dúvida, um bom livro.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mulher na Rede




Contemplo a beleza daquela mulher numa noite quente,
E é evidente as curvas do seu corpo e a sua pele morena,
Serena, ela dorme esquecendo do mundo ao seu redor,
Descuidada, deixa o seu corpo exposto naquela rede pequena.

A sua pele exala um cheiro de rosas, talvez um odor de jasmim,
Em pé e absorto, observo a beleza mestiça e simples daquela mulher,
Nisso, o desejo masculino me provoca, querendo saltar de mim,
E num ato de bravura, afasto-me da rede da cor de fogo e paixão.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tua Beleza...




Acomete a minha cabeça de uma forma colossal,
Parece ser proveniente da mais bela realeza, como a de uma princesa,
Tua beleza é angelical, anormal, amoral e atemporal,

Sim, querida, promove em mim um sentimento da mais alta nobreza,
Tua beleza interfere de uma forma discreta e cordial,
No meu cotidiano, na minha vida, e disso podes ter toda certeza.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Nudez Invadida



Depois do gozo violento, porém, trabalhado com avidêz,
Dormes à vontade, leve e solta, como vieste ao mundo,
Bebo uma dose de whisky e contemplo a tua bela nudez...
És um conjunto perfeito de carnes, de coxas, de luxúria,
Consumimos o ato num mar imenso de fogo e insensatez,
E eu, poeta, sinto vontade de pintar a tua nudez invadida,
Para que, assim, eu eternize esse nosso momento de vez.

 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Teu Charme...



É algo poderoso e evidente, e eu não pude ficar disso imune,
Teu charme arrebatou a minha alma e a minha mente,
A tua roupa sensual, a tua pele, as tuas curvas, o teu perfume,
Tudo em ti é sedução, tentação, uma verdadeira torrente,
Teu charme, sim, ele me chama, instiga-me, provoca-me, me pune,
E, assim, produz em mim um sentimento masculino e quente.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sonhei ser um Sultão...



Que morava na sua tenda, no meio das areias escaldantes,
Que era repleto de mulheres e de empregados,
Que possuía uma piscina repleta de ouro, jóias e diamantes,
Sonhei ser um sultão, rico, poderoso e adorado,
Vivendo como um nômade, com um grupo e suas acompanhantes,
Sempre atravessando o imenso deserto ensolarado,
Porém, de súbito, acordei na minha cama, e isso foi relaxante,
Pois se tem quatro coisas que eu quero estar afastado
É o excesso de dinheiro, de poder, de calor e de amantes.


terça-feira, 19 de junho de 2012

O Fluxo da Consciência na Literatura



O artifício, hoje usado com frequência pelos escritores brasileiros, foi inicialmente formulado pelos mestres russos do séc. XIX, (Dostoievsky, Tolstoi, Gogol, Tchecov e etc) consiste em explorar a temática psicológica; mas de modo tão profundo que toda a narrativa gira em torno dela. Contudo, somente no início do séc. XX, com os gênios James Joyce e Proust, é que foi alcançado os subterrâneos da mente. Influenciados pelos avanços Freudianos, chegaram ao auge da saturação desse tema. De tal forma que Joyce elabora a obra máxima da ficção universal e que analisa o comportamento humano em quase todos os aspectos possíveis: Ullises. Livro extenso em número de páginas e em conteúdo o qual é tão importante que até hoje é estudado pelos especialistas.

      O fluxo da consciência abriu uma nova perspectiva para a Literatura Universal, o qual é considerado uma das maiores descobertas literárias de todos os tempos. O cérebro tem tantas possibilidades de ser analisado que é um assunto que nunca será completamente explorado, é um labirinto misterioso e fantástico. A ficção psicológica nunca será considerada ultrapassada, pois retrata o que o ser o humano tem de mais íntimo que é a sua alma. A questão é saber usa-la de maneira oportuna e não esbanjá-la com a intenção de vangloriar o escritor. Pois de que adianta abordar a psicologia de um personagem sem um bom motivo? Eis aí a minha dica para os iniciantes na arte das letras: tudo deve ser posto na dose certa.

sábado, 16 de junho de 2012

Quero Sempre a Tua Companhia





Em todos os momentos de tristeza e de alegria,
Por toda a vida, hora a hora, dia a dia, ano a ano,
Para enfrentarmos o presente e curtirmos a nostalgia,

Quero contemplar o nascimento dos teus cabelos brancos,
Almejo ver o surgimento das tuas rugas, e isso com alegria,
Aspiro observar a dissolução da tua beleza pela velhice,
Estando sempre ao teu lado, numa relação repleta de harmonia,
Quero sempre a tua companhia, são as juras desse simples poeta,
E, dessa forma, que o amor faça em nós uma eterna moradia.


O Homem Código de Barras



 

A evolução humana termina no código de barras,
Tornamo-nos objetos, desejos, consumos, ambições,
Que nos aprisionam, promovem as nossas amarras,

E que se não realizadas, provocam duras desilusões,
Viramos códigos de barras, estampadas nas nossas caras,
Nesse mundo repleto de consumo das nossas paixões.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Morena Deitada


 

Ao abrir a porta, contemplo a beleza desse teu corpo,
Tal beleza que esbanja sensualidade,
A tua curta camisola deixa a mostra as tuas curvas,
Estás aí, morena, repleta de vitalidade,
E dormes como um anjo, dormes relaxada e à vontade,
Provocando, assim, o homem e a sua integridade.



 

Uma Rosa para uma Rosa


Dar-te-ei a rosa mais bela da cidade,
Para prestigiar esse dia dos namorados,
Tal dia que comemoro com felicidade,
Pois é o dia de todos os casais apaixonados.

Dar-te-ei a rosa mais bela de todas as jardineiras,
A fim de que eu cumpra a minha predestinação de enamorado,
Lembrando, assim, que você é a minha fiel companheira,
E que o nosso romance seja em todo o universo eternizado.