O artifício, hoje usado com frequência pelos escritores brasileiros, foi inicialmente formulado pelos mestres russos do séc. XIX, (Dostoievsky, Tolstoi, Gogol, Tchecov e etc) consiste em explorar a temática psicológica; mas de modo tão profundo que toda a narrativa gira em torno dela. Contudo, somente no início do séc. XX, com os gênios James Joyce e Proust, é que foi alcançado os subterrâneos da mente. Influenciados pelos avanços Freudianos, chegaram ao auge da saturação desse tema. De tal forma que Joyce elabora a obra máxima da ficção universal e que analisa o comportamento humano em quase todos os aspectos possíveis: Ullises. Livro extenso em número de páginas e em conteúdo o qual é tão importante que até hoje é estudado pelos especialistas.
O fluxo da consciência abriu uma nova perspectiva para a Literatura Universal, o qual é considerado uma das maiores descobertas literárias de todos os tempos. O cérebro tem tantas possibilidades de ser analisado que é um assunto que nunca será completamente explorado, é um labirinto misterioso e fantástico. A ficção psicológica nunca será considerada ultrapassada, pois retrata o que o ser o humano tem de mais íntimo que é a sua alma. A questão é saber usa-la de maneira oportuna e não esbanjá-la com a intenção de vangloriar o escritor. Pois de que adianta abordar a psicologia de um personagem sem um bom motivo? Eis aí a minha dica para os iniciantes na arte das letras: tudo deve ser posto na dose certa.
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