E
presenteias a paisagem litorânea com os teus olhos de timborana,
Abarcando
a baía, as areias, a colina, o farol e o mar,
E
fazes cessar as ondas, a brisa do leste e os raios de sol da aurora,
Com o
teu sorriso de sete estrelas e de sete galáxias,
Todos
os versos que eu houvera pescado na beira do mar se esvaem,
Fogem
do meu bloco, tal qual um cardume de uma cesta.
Quando
te sentas no cais, morena,
Tudo
se desconstrói a um só golpe do tempo e da vida,
E te
aproprias de tudo que é dotado de beleza,
E
rouba-me os versos do Sol, da Lua e dos pássaros,
Deixando-me
nu de qualquer lirismo que disponho,
E
ofertando-me, unicamente e piedosamente,
A
honrosa regalia de te ter
Ao meu lado.
Ao meu lado.
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