Enchantments - Prose and Poetry

domingo, 28 de maio de 2017

Quando Te Sentas no Cais, Morena...


E presenteias a paisagem litorânea com os teus olhos de timborana,
Abarcando a baía, as areias, a colina, o farol e o mar,
E fazes cessar as ondas, a brisa do leste e os raios de sol da aurora,
Com o teu sorriso de sete estrelas e de sete galáxias,
Todos os versos que eu houvera pescado na beira do mar se esvaem,
Fogem do meu bloco, tal qual um cardume de uma cesta.
Quando te sentas no cais, morena,
Tudo se desconstrói a um só golpe do tempo e da vida,
E te aproprias de tudo que é dotado de beleza,
E rouba-me os versos do Sol, da Lua e dos pássaros,
Deixando-me nu de qualquer lirismo que disponho,
E ofertando-me, unicamente e piedosamente,
A honrosa regalia de te ter
Ao meu lado.

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