Enchantments - Prose and Poetry

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Mulher Descortinada


Desse teu recato rudimentar,
Transparece o teu corpo pujante,
Fartura de pernas, seios, costas,
Abarca-te a sensualidade
Desatino dos homens
Inaudito cenário íntimo
Descortinas o teu corpo,
Reduto de fogo e suor,
Antro de morenidade,
Berço de lavanda,
Descortinas o teu eu,
Como as cortinas de um teatro,
Tão vermelhas e tão misteriosas,
És um palco feito de carne,
Paraíso tangível de prazer,
Mulher descortinada
Tão escarpada e tão curvilínea
Assemelhando-se a uma cordilheira
Que quer se tocada pela brisa e
Pelas ondas do mar,
Descortinas o teu desejo
De ser mar, de ser montanha,
De ser mulher descortinada.

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