Desses
o ar da tua graça,
Estavas
sentada num dos bancos molhados,
O
inverno estava prestes a ceder o seu pranto,
Mas
estava lá, com o teu vestido vermelho,
Lias
um livro qualquer, tão solitário quanto ti,
O
jardim estava um pouco desassistido,
Com as
suas flores de alamanda,
Com os
seus lírios da paz,
Com as
suas flores de íris e de camará,
E
sobre solo, uma grama recém-esverdeada,
Salva
pela solidariedade da chuva invernal,
A
praça estava solitária como ti,
Somente
alguns pássaros te faziam companhia,
Estavas
à chorar uma lágrima misteriosa,
Eu não
sabia ao certo se de tristeza ou de alegria,
Estavas
à aguar as folhas amarelas do livro,
Elas
pareciam agradecer-te pelo banho,
Fui-me
embora sem te recitar um soneto,
Não
queria tirar de ti a tua tristeza,
Que te
fazia tão bela como
Uma
flor de jasmim.
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