Enchantments - Prose and Poetry

domingo, 9 de julho de 2017

Diz-me, Caranguejo Azul...


Se nessas terras que se encontram na costa,
Já viste mulher mais bela que a morena
Que pescou o meu coração
Com a rede do amor e da beleza,
Diz-me, caranguejo azul,
Serdes sincero, por favor,
Se no mar se encontra criatura mais bela
Do que a morena que me abarcou os sentidos,
Que me fez jogar a minha âncora e baixar as velas,
Diz-me, caranguejo azul,
O dia finda e o crepúsculo chega,
Se diante dos teus olhos antenas,
Já viste algo mais belo do que a morena rendeira,
Que fez renda do meu coração
E que me inspirou essa canção.

Nessa Noite de São João...


As fogueiras estão acesas,
Os fogos estalam nas ruas,
As quadrilhas alegram-se,
Há a pamonha e a canjica,
Há o milho assado no fogo,
Há as memórias da infância:
A casa dos meus avós,
As traquinagens infantis,
Os tempos áureos da vida,
A fumaça do tempo levou tudo.
Mas guardo em mim o passado,
Como uma lembrança junina.
Nessa noite de São João,
A metrópole segue indiferente,
Com os seus afazeres modernos.
E eu, poeta, celebro as reminiscências,
Que estalam em mim como rojões,
A fim de marcarem a data com poesia
E com a quermesse resgatada no tempo.

Alumiamento


Na praia, caminhaste comigo,
Apesar do mundo,
Apesar dos afazeres,
Na praia, ofereceste-me o teu beijo,
O teu pomar de carinhos,
O teu arboreto de sorrisos,
Na praia, contemplamos as estrelas,
E falaste das tuas irmãs em brilho,
E alumiaste para sempre a minha vida.