Tu me
apareceste como uma borboleta,
Eras
repleta de cores e de vida,
O teu
sorriso era o Sol surgindo num vale,
Estavas
ali, pensativa e serena,
Contemplando
o crepúsculo no mar,
Olhos
castanhos como jacarandá,
Cabelos
revoltos como os de uma sereia,
Estavas
vestida com um vestido de flores:
As
tuas irmãs de beleza e delicadeza,
Te
encontravas sozinha, tal qual um pássaro
Perdido
de alguma revoada vinda do norte,
Certo
dia, no cais... eu te descobri,
Enquanto
pescava algum verso na brisa,
Mas
foi você que me trouxe uma dúzia deles,
E
ofertou-me, calmamente, religiosamente,
Tal
qual uma sacerdotisa da inspiração,
Eu
assim os recebi e abracei-os,
E
então foste embora com a tarde
Com o
crepúsculo, as flores
E o
teu Sol.
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