Blog destinado à produção poética, literária e filosófica do escritor recifense Fábio Pacheco. Sejam todos bem-vindos. Translation: Blog for the poetic, literary and philosophical of writer recifense Fábio Pacheco. All are welcome. Traducción: Blog de lo poético, literario y filosófico do escritor recifense Fábio Pacheco. Todos son bienvenidos.
Enchantments - Prose and Poetry
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Carrego Comigo...
O fardo dos meus defeitos,
Mas, afinal, quem não os carrega,
Sábio é aquele que sabe disso,
Não existe ombro que não os tenha,
Mas a ruína está em dizê-los publicamente,
Guardando o sigilo, guarda-se a reputação,
E o meu fardo é distinto do teu fardo,
Pois a minha história é distinta da tua,
É preciso, em regime de urgência,
Adotarmos o pássaro chamado:
Tolerância.
Mas se a Brisa do Mar...
Por alguns instantes, cessasse,
E cessassem também os sonhos juvenis,
Como também os sonhos dos decanos,
E os sonhos febris da jovem namoradeira,
Assim como as algazarras das crianças.
E cessassem também os sonhos juvenis,
Como também os sonhos dos decanos,
E os sonhos febris da jovem namoradeira,
Assim como as algazarras das crianças.
E as flores não mais nascessem da terra,
Nem tampouco os frutos das árvores.
E as borboletas parassem o seu voo,
E o próprio Sol não mais se movesse,
Assim como a sua irmã: a Lua cheia.
Nem tampouco os frutos das árvores.
E as borboletas parassem o seu voo,
E o próprio Sol não mais se movesse,
Assim como a sua irmã: a Lua cheia.
Quiçá, ainda assim, permanecessem
A poesia e o poeta, porém, congelados,
Tais quais imponentes estátuas de bronze,
À esperar o reavivamento do tempo e espaço.
Mas se a brisa do mar, eterna e constante,
Por um momento, cessasse a sua majestade,
Mesmo assim, o poeta ainda seria um poeta.
A poesia e o poeta, porém, congelados,
Tais quais imponentes estátuas de bronze,
À esperar o reavivamento do tempo e espaço.
Mas se a brisa do mar, eterna e constante,
Por um momento, cessasse a sua majestade,
Mesmo assim, o poeta ainda seria um poeta.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Barcarola
Quando o Sol nasce no horizonte
E surge a brisa que sopra vinda do mar,
Apropriando-se da paisagem litorânea,
Os albatrozes animam-se em revoada,
Os pelicanos sentem-se extasiados,
Os caranguejos surgem das suas tocas,
As areias da praia adquirem novas cores,
As ondas do mar revigoram-se em azul,
E o azul do céu desperta do crepúsculo,
E o pescador sai da sua casa de adobe,
Sorridente, com a sua rede em mãos,
E a sua jangada sai da praia intrépida,
A fim de beijar o mar e a brisa matinal,
Aí sim, a Natureza da costa se consome
E expressa aos seres vivos a nota musical
Chamada Beleza.
Ao Meu Pai
Quero guardar de ti apenas as boas lembranças,
Das tuas virtudes, do teu desprendimento,
Dos teus ensinamentos, da tua dignidade,
Há um ano, caro advogado, uma doença te levou,
Golpeando a todos, deixando um vácuo,
Ofereço-te esta poesia, velho e honroso pai,
Tal qual um pequeno tributo em tua memória,
Que as minhas palavras reverberem
E cheguem até onde estejas e sintetizem
A palavra Gratidão.
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
O Contra-argumento das Flores
Ao contragolpe da vida,
Ofereço uma flor de Alamanda.
Ao contragosto das circunstâncias,
Entrego uma flor de Jasmim.
Ao contraponto dos insaciáveis,
Agrado-lhes com Lírios da Paz.
Ao contra-argumento dos agressores,
Entrego-lhes uma flor de Lotus.
Pois para a floresta das contrariedades,
Utilizo o imenso jardim das piedades.
O Inverno e o Mar II (ou O Casamento Marítimo)
A brisa fria do mar e o cinza do céu
Envolvem todas as criaturas
São doces invólucros intransponíveis
Apropriam-se da paisagem litorânea,
Pois é o momento do inverno se casar
Com o mar.
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