Enchantments - Prose and Poetry

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Entrego-te um Pacote de Sonhos...


Para que possas compartilhar comigo,
Guarda-o em lugar seguro e sagrado,
Pois nele está toda a minha essência,
As minhas aspirações, os meus desejos,
Vem, constrói comigo o meu castelo,
Tijolo, argamassa e madeiramento,
Pois a planta está no meu coração,
Dá-me a tua mão e vem construir.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Equilíbrio...


Apropria-me, comanda-me, orienta-me,
Torna-me sempre senhor de mim mesmo,
Transforma-me em rocha numa tempestade,
Metamorfoseia-me em senhor da harmonia,
Em um barco que tem rumo e destino certos,
Equilíbrio, és irmão da prudência e da fé,
A tua mãe é a consciência e o teu pai o juízo,
Fazei de mim também um integrante da tua família.

Lembranças


Elas vem às vezes discretas, às vezes indiscretas,
Discretamente, como uma composição de Chopin,
Ou indiscretas, tal qual uma música de frevo de rua,
Elas vem, convidando-nos ou escravizando-nos,
Somos todos um poço sem fundo de memórias,
Distantes ou próximas, agradáveis ou não,
Quando a brisa da lembrança chega,
Quando o Sol da memória irradia,
Contemplamos o nosso passado,
Que não pode ser compartilhado,
Somente saboreado ou execrado.  

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os Marinheiros e a Tempestade


Mar revolto, ondas imensas, ventos intensos,
Uma escuridão que parece tomar conta do mundo todo,
Uma cordilheira de ondas e um vale assustador abaixo,
Mandei recolher as velas dos dois mastros, a fim de salvá-las,
Amarramo-nos no balaústre do convés, senão seríamos tragados,
Ninguém estava lá embaixo, nos cômodos, banheiros e cozinha,
Ninguém queria morrer escondido, afogado pela água do mar,
Poseidon estava enfurecido, queria nos fulminar, destruir tudo,
Dei as minhas últimas ordens, “à bombordo, deixem o leme travado!,”
Uma imensa coluna de vento quase vira a nossa embarcação de lado,
Os meus marinheiros já se despediam entre si, desesperados,
Uma onda de quarenta metros quase emborcou o nosso navio,
Todo molhado, fiz o sinal da cruz, apesar de não ser religioso,
Vejo uma imensa muralha de água se aproximando, talvez 60 metros,
Segurei com força um dos mastros e confirmei os nós de marinheiro,
“Precisamos resistir,” disse a mim e a todos...

Deixa Eu te Regar, Florzinha...


Autoriza-me a cuidar de ti, te amparar, te proteger,
Deixa-me te adubar, te podar, te resguardar,
Permita-me, florzinha, que eu possa te fortalecer,
E, assim, eu possa te dar o belo ato de amar.