Por que contemplas esse sujeito de cabelos grisalhos?
Por que observas esse meu semblante sofrido, marcado?
Por que olhas para esse poeta maduro {e liso, duro}?
Afinal, o que tenho para te oferecer além dos meus versos?
Por que estás hipnotizada, {abestalhada}, paralisada?
Ora, estou muito longe de um Tom Cruiser, ou de Brad Pitt
Até de um Giannechine, com essa minha cara de índio,
Por que me olhas, curiosa, fascinada, com a mão no queixo?
Por que contemplas um mero homem compromissado?
Então, tu, {mulher sorridente}, me respondes:
“Não sei, poeta, acho que é porque és poeta...”
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