Blog destinado à produção poética, literária e filosófica do escritor recifense Fábio Pacheco. Sejam todos bem-vindos. Translation: Blog for the poetic, literary and philosophical of writer recifense Fábio Pacheco. All are welcome. Traducción: Blog de lo poético, literario y filosófico do escritor recifense Fábio Pacheco. Todos son bienvenidos.
Enchantments - Prose and Poetry
quinta-feira, 21 de março de 2013
Deixem esse Poeta Passar...
Pois o mundo espera, ansioso, que eu possa cantá-lo
Deixem esse poeta seguir caminho, deixem-me!
Ora, por favor, não atrapalhem o meu trajeto
Pois esse poeta quer ver a flor, quer ver o bem-te-vi,
Contemplar as ruas, as praças, os bares, as cafeterias,
Adentrar aos shoppings (desculpem-me se incomodo)
Desculpem-me, caros seguranças, mas sou poeta!
Autorizem-me entrar com o meu chapéu panamá
E assistir de perto a liberdade, as pessoas, a vidaPois, eu sinto muito, mas não tenho medo de cara feia
Porque as minhas origens e a minha formação me impedem
De me intimidar com os pobres agentes do preconceito!
Então, por gentileza, hajam com alguma prudência
E deixem esse poeta passar em paz.
domingo, 17 de março de 2013
A Ponte Sobre o Rio Capibaribe
As tuas tranças de metal que cortam o leito do rio
Embelezam a cidade de Manuel Bandeira
E a tua calçada serve de percurso a pessoas atarefadas,
Que se esquecem de olhar a tua beleza e antiguidade
Nem mesmo o teu meio-irmão, o rio, escapa dessa cegueira
Apenas os pássaros, o sol, e o pequeno manguezal te louvam
E o sol te banha com as águas das luzes e das cores,
Batizando-te todos os dias, valorosa ponte velha.
terça-feira, 5 de março de 2013
Sobre o Peitoril da Janela...
Esconde-te, toda nua, queres ver a rua movimentada
Mas não queres ser vista {ou será que queres?}
Sobre o peitoril da janela antiga, estás paralisada,
Contemplas o mundo, os homens, a agitação
Sobre o peitoril tu colocas a tua chaleira enfumaçada...
Pois acordaste querendo ser desejada {mulher solitária}
Sobre o peitoril da janela, estás aí, escondida e excitada,
Sonhando que alguém lá embaixo te tire daí, em breve.
Bancos Tristes
Depois da chuva, refletem as luzes ao redor
Estão molhados, coberto pelas folhas do outono
Bancos tristes, assim como muitos homens
Estão aí, rodeados de cores, rodeados de prédios,
Rodeados de vida, mas tão sós, mas tão tristes
Sim, bancos tristes, bancos homens, bancos bancos.
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