Blog destinado à produção poética, literária e filosófica do escritor recifense Fábio Pacheco. Sejam todos bem-vindos. Translation: Blog for the poetic, literary and philosophical of writer recifense Fábio Pacheco. All are welcome. Traducción: Blog de lo poético, literario y filosófico do escritor recifense Fábio Pacheco. Todos son bienvenidos.
Enchantments - Prose and Poetry
segunda-feira, 18 de abril de 2016
A Lua, o Mar, o Barco e o Poeta
Quando a brisa do mar tocar a minha fronte,
E a Lua cheia surgir no céu outonal de abril,
Serei eu poeta da natureza e do alumbramento.
Quando o mar receber a luz da Lua em sua superfície,
E a praia transparecer a beleza das espumas brancas,
Serei eu poeta da boêmia, do canto e da nostalgia.
Quando o barco vermelho surgir no horizonte,
Transportando peixes, redes, suores e pescadores,
Serei eu poeta do abarcamento e do firmamento.
A Propósito da Prosa e da Poesia
Enquanto a prosa serve para transmitir uma mensagem de um agente emissor para um agente receptor, a poesia se preocupa com o domínio das palavras, com a beleza das palavras. Nesse sentido, a prosa se preocupa em dizer algo do mundo real ou irreal, ficcional, enquanto que a poesia é um elemento que nos enriquece com a diversidade e a composição das palavras. Enfim, ambas são artes distintas que compõem a literatura.
Referências Bibliográficas - Poetas Estrangeiros
Lista com os poetas estrangeiros que aprecio e que, a meu ver, vale à pena os prezados amigos e amigas conhecerem as respectivas obras poéticas:
1- Fernando Pessoa;
2- Pablo Neruda;
3- Federico Garcia Lorca;
4- Luís Vaz Camões;
5- Florbela Espanca;
6- Dante Aliguiere;
7- Edgar Allan Poe;
8- Lord Byron;
9- Dom Dinis;
10- Cesário Verde;
11- Walt Witman;
12- Arthur Rimbald;
13- Charles Baudelaire;
14- Emily Dickinson;
15- Stéphane Mallarmé.
Um fraterno abraço.
Fábio Pacheco.
sexta-feira, 15 de abril de 2016
A Sinfonia e a Rosa
Ao reunir um quarteto de violonistas,
Solicitarei que toquem algo aprazível
Quando tu, rosa vermelha que nasce na praia,
Inclinares o teu caule a fim de ouvir os instrumentos
E, do íntimo do teu ser, te sentires sensibilizada
Com os acordes tocados com grande sincronia e amor,
Torna-te-às mulher, símbolo maior da delicadeza,
Quando tu, rosa vermelha que nasce na praia,
Apropriar-te dos anseios do som e da melodia
E bebestes, carinhosamente, aquilo que é belo,
Serás então nascedouro de sonhos e prazeres
A abarcar o poeta, tal qual a brisa do mar,
Quando tu, rosa vermelha que nasce na praia,
Perceberes lucidamente que a música te entranha
Sutilmente, e efetivamente, assim como um inseto,
Que sorve tua essência com calma e discrição,
Transforma-te-às em carne, em pernas e curvas,
Quando tu, rosa vermelha que nasce na praia,
Te sentires, ao mesmo tempo, mulher e flor,
Então sim, a composição surtirá o efeito por mim desejado.
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Aos Refugiados
Carregam consigo primeiramente o medo
Também transportam uma maleta de esperança
De dias melhores, de dias de paz e respeito
Eles vêm das terras secas do Oriente Médio
Banhadas pelo sangue das vítimas da intolerância
Mergulhadas em um mar de fanatismo religioso.
Eles vêm das terras que estão sendo bombardeadas
E desejam apenas não serem mortos e enterrados
Atravessam o Mar Mediterrâneo em barcos ou à nado
Preferem morrer tentando sair do Inferno
Do que dentro dele, subjugados pelo ódio
São os refugiados, são os árabes, são os sírios
São, enfim, seres humanos.
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