O Sol, astro-rei, caminha para o poente,
Crianças brincam na área útil dos prédios,
O japonês apita querendo vender o doce,
Um vira-lata late na rua para quem passa,
Um mendigo come restos de comida do lixo,
Idosas reúnem-se nos bancos, faladeiras,
As varandas são enfeitadas para o Natal,
A brisa acaricia a cabeça dos transeuntes,
E a rua é um mar de sonhos e de juízos,
Nessa tarde cotidiana de dezembro.