Enchantments - Prose and Poetry

sábado, 15 de novembro de 2014

Janela Aberta




Contemplo-te ao longe, discreta,
Mas estás lá, viva, iluminando a escuridão,
Não consigo visualizar o que há no teu interior,
Ainda caminho pelo bosque da persistência,
Seguindo o duro percurso dos obstinados,
Mas estás lá, convidativa, solícita,
Oferecendo-me algum consolo,
A tempestade do medo já me açoitou,
Várias vezes, impiedosamente,
Mas eu sigo em frente, intransigente,
“Keep walking” como diz a propaganda,
Molhado, abatido pelo destino,
Querendo, enfim, alcançar a ti:
Janela aberta.


Aferição das Palavras


Eu acredito que um dos maiores defeitos do ser humano é não saber medir as palavras. Falar sem pensar, falar sem ser criterioso, falar por impulso. As palavras tem poder, de tal modo que elas podem tanto engrandecer como também depreciar qualquer indivíduo. Sim, elas podem ser perigosas, podem ser armas contra o inimigo, e a História mundial dá testemunha disso em qualquer livro escolar.

Quantas mentiras já foram criadas e faladas a fim de prejudicar algo ou alguém. Portanto, feliz do sujeito que sabe aferir as palavras que saem da sua boca. Já disse Jesus Cristo: "Não é o que entra na boca que é pecado e sim o que sai". Precisamos meditar a esse respeito, antes de falar palavras que possam prejudicar as pessoas ao nosso redor. E usemos da coerência e da sabedoria no exercício da palavra, da expressão verbal, pois, no final das contas, toda ação tem uma reação.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Autenticidade



Procuro ser eu em todos os momentos,
Não me revisto da túnica da hipocrisia,
Nem me arrogo ao direito de ser outro,
Eu sou o que aparento ser, simplesmente,
Não dissimulo, não engano, não floreio,
O invólucro da minha carne me mostra,
A minha pele morena me apresenta,
O meu cabelo grisalho me identifica,
Pois a verdadeira identidade...
Não é a do RG, nem a do CNH,
É a que carregamos com nós mesmos.



Andemos Juntos...




Pela floresta de contratempos e ofensas,
Pelo pântano perigoso dos invejosos,
Pelo imenso deserto do medo,
Pela dura caatinga das limitações,
Para que depois de tudo isso,
Possamos descansar na praia
Que se chama Vitória.