Enchantments - Prose and Poetry

sábado, 18 de janeiro de 2014

Sim, Ouço-te...


Em todos os momentos da vida, em todos os teus sentimentos,
Ouço-te, como um religioso no confessionário,
Com toda piedade, com toda bondade e desprendimento,
Ouço-te, pacientemente, e sem queixumes,

Entrega-me todas as tuas dores, todos os teus importunamentos,
Ouço-te, porque quem ama é solidário na dor,
E o ato de ouvir é mais valioso do que qualquer pronunciamento.


domingo, 12 de janeiro de 2014

Enquadramento...


Somos todos nós, em algum momento,

Engessados que somos pelo mundo e pela sociedade,

Enquadramos tudo, da roupa ao sentimento,

Assim, depois que o mundo todo for rigidamente regrado,

E o indivíduo mergulhar num mar de tormento,

No final das contas, tornamo-nos múmias de nós mesmos.

 

Mulher Borboleta




Estás aí, no bosque aonde reinas,

E onde os homens se perdem por causa da tua beleza,

A tua pele alva transpira a magia da floresta,

E os animais te prestam a saudação de alteza,

Estás aí, próximo do antigo poste abandonado,

Dançando, descalça, todas as músicas que deseja,

Onde produzes a iluminação por meio da magia,

Vai, mulher borboleta, e espalhe a alegria por onde estejas.